[FP] Nachash
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por Nachash Qui maio 07, 2015 10:29 pm
FICHA INICIAL DE PERSONAGEM
Nome: Nachash
Idade: 29
Sexo: Masculino
Local de Nascimento: França, cidade de Marselha.
Reino: Hades, o Submundo.
Armadura que desejo: Pretende-se disputar primeiramente a Sobrepeliz de Deep da Estrela Terrestre da Escuridão.
Aspecto físico: Seus traços são tipicamente europeus e possui uma preferência por vestes que demonstrem elegância. Prefere seu cabelo em tamanho mediano, com uma franja assimétrica com pontas soltas e picadas. Esse estilo de cabelo lhe propicia um ar elegante, mas demoníaco quando está de chapéu.
Idade: 29
Sexo: Masculino
Local de Nascimento: França, cidade de Marselha.
Reino: Hades, o Submundo.
Armadura que desejo: Pretende-se disputar primeiramente a Sobrepeliz de Deep da Estrela Terrestre da Escuridão.
Aspecto físico: Seus traços são tipicamente europeus e possui uma preferência por vestes que demonstrem elegância. Prefere seu cabelo em tamanho mediano, com uma franja assimétrica com pontas soltas e picadas. Esse estilo de cabelo lhe propicia um ar elegante, mas demoníaco quando está de chapéu.
Suas vestes estão sempre com tonalidades em branco, vermelho e preto. Sua pele possui um tom moreno bem claro, e seus olhos são castanhos que ficam mais claros ou mais escuros dependendo da luminosidade do ambiente.
Sua altura é de um metro e setenta e dois centímetros, com peso variável, mas bem distribuído. Suas pernas possuem músculos adequadamente desenvolvidos, possibilitando o mesmo andar durante horas sem cansar-se. E seus membros superiores tem um desenvolvimento mediano, visto que não é muito fã de exercício anaeróbio, fazendo-o apenas para ficar com um corpo suficientemente saudável e esteticamente belo.
Seu olhar tem a pálpebra voltada para baixo, ou seja, há uma queda ligeira nos cantos externos. Este tipo de olhar tem uma característica penetrante e profunda, dando-lhe um tom assassino quando sorri maliciosamente. Seu rosto possui uma harmonia minuciosa, conseguindo transparecer seus sentimentos ou suas atuações de forma impecável. Sendo, portanto, um ótimo mentiroso. Visto que não demonstra suas mentiras através de gestos corporais.
É considerado bonito pelos padrões de beleza comuns, tendo em si um magnetismo pessoal próprio. Seu corpo é quente, principalmente suas mãos. O mesmo não usa acessórios como brincos, pulseiras ou piercings, visto que não se encaixaria em seu estilo.
Sua aura presente na manifestação do cosmo não se apresenta brilhosa ou roxa como é comum aos espectros do submundo. Sua aura é completamente negra, sem qualquer brilho. A textura é esfumaçada e densa.
Aspecto Psicológico: Possui uma personalidade forte, onde o conjunto de filosofias, características e honras tornam-no uma pessoa completamente distinta do senso comum.
Introvertido, intuitivo, pensante, explorador e cauteloso são características notáveis pela sua presença e pelas suas atitudes. Orgulhosamente criativo e engenhoso, ele possui uma perspectiva única sobre a vida e tem um intelecto vigoroso. Sua mente o tempo inteiro vibra com ideias, como se houvesse várias mentes pensantes dentro de si. Ele consegue fazer poesias e estórias com facilidade, assim como é capaz de atuar de forma convincente e dançar de forma habilidosa, ou seja, tem uma capacidade inegável para arte.
Entre suas características mais obscuras, o mesmo possui um sadismo perigoso. Uma mente cautelosa que consegue planejar a morte de suas vítimas e está longe de ser movido por sentimentos empáticos. Alguém que arquiteta friamente formas de manipulação e assassinato, possuindo ideologias de destruição e Caos por puro prazer.
Estudioso e conhecedor do Caminho da Mão Esquerda, tem uma experiência vasta na Alquimia Hermetista e Satanismo. As filosofias de seu aprendizado ocultista complementaram sua personalidade, portanto, estes caminhos lhe ofereceram uma filosofia caótica, hedonista, individualista, ofidiana e pragmática.
A filosofia ofidiana é apenas uma forma de dizer que o mesmo se inspira na figura da Serpente, o animal totêmico arquétipo de sua alma provindo do contato xamânico. ''Nachash'' significa ''Serpente'' em hebraico, sendo esta palavra a sua alcunha e não o seu verdadeiro nome, que é desconhecido. Já a filosofia caótica é extremamente Satanista, onde Nachash é opositor a qualquer espécia de Ordem. Acredita ele, portanto, que o Caos está presente em tudo. A tentativa de organizá-lo é fútil, visto que apenas colocará uma variação do Caos e nunca uma Ordem em si.
Não possui sensos éticos ou morais, pois sua filosofia é amoral. Ele admira inimigos que vão até o fim de uma batalha, não tendo qualquer misericórdia contra inimigos covardes. Claro, também não significa que o mesmo terá misericórdia com inimigos honráveis, contra estes ele usará toda sua capacidade para matá-los.
Nachash é um assassino que mata por prazer de matar. Ele assiste suas vítimas morrerem com grande êxtase de felicidade. Desenvolver seu Poder e sua Hierarquia no inferno são seus objetivos. Não mede limites para sua crueldade e tem uma orientação sexual que abrange homens e mulheres, além de não ter qualquer pudor relativo à sua luxúria. Amante do Caos e do mundo Carnal, considera assuntos espiritualistas e ''iluminados'' como grandes besteiras seguidas pela humanidade.
História Prévia
A Estrela da Manhã
Na cidade de Marselha, localizada nacionalmente na França. Uma família de quatro membros vivia feliz. Sempre fartos de comida, tecido, perfume, dinheiro, amor e amizade. Um dos membros dessa família era Nachash, este não é seu verdadeiro nome, mas os motivos serão esclarecidos mais adiante.
Este rapaz tinha a companhia de seus pais, sua irmã caçula, uma namorada e seus grandes amigos, tendo sua vida como um grande exemplo de amor e felicidade. A sua mãe era uma mulher doce, atenciosa e uma ótima cozinheira. Enquanto seu pai era um homem alegre, comunicativo e bastante confiante. Nachash via que sua irmã caçula tinha a mesma doçura de sua mãe, e a mesma capacidade comunicativa de seu pai, além de amar brincar com ela com as brincadeiras que ela tanto gostava.
Ele foi uma criança ingênua, doce, inteligente, talentosa e tímida. Sempre demonstrou muita habilidade para poesia, criatividade para fazer histórias e quando entrou para a escola de Teatro em sua pré-adolescência, ele deteve sua timidez e desenvolveu talentos artísticos para atuação e dança.
Foi no Teatro que se apaixonou por uma formosa dançarina, que depois se transformou em sua namorada. Nessa época ele tinha quinze anos e ela apenas catorze, mas o que o jovem sentia, era um amor puro e sem qualquer malícia. O brilho em seus olhos refletia uma constelação ao vê-la dançar. Além de dançarina, ela sabia cantar extremamente bem quando acompanhada de um violão. Sua voz harmoniosa e suave fazia o rapaz sentir-se no paraíso quando a ouvia, mesmo quando não estava cantando.
Entre seus grandes amigos, havia uma garota poeta e dois rapazes que eram atores. Amigos de confiança, sempre o apoiavam e possuíam enorme empatia. Um conseguia saber o que se passava com o outro, mesmo que estivessem distantes entre si.
Todos até então eram pessoas humildes, bondosas, empáticas, simples e com exuberante honra e disciplina em seus feitos. Tinham força de vontade e se apoiavam de forma coletiva, possuindo um lindo laço de amor.
Aquele que Odeia a Luz
Havia na casa da família de Nachash, um porão usado para guardar importantes escritos e lembranças de várias gerações. Porão este, rico em informações sobre sua árvore genealógica desde o Período Medieval.
Raramente alguém fazia uma faxina neste local. Apesar de ser o bem mais valioso e histórico de sua família, era difícil limpar um cômodo subterrâneo que está em uso desde o período da Idade Média. Eram livros, fotos, objetos e poeira espalhados por todo lugar.
Curioso pelo conhecimento de seus antepassados, o jovem se propõe a faxinar, organizar e explorar todo o porão. Sua mãe e seu pai concordam, mas pedem para ele ter cuidado. Aquele é um lugar velho e empoeirado, não queriam que o mesmo ficasse doente por causa daquele ambiente. O jovem concorda em se cuidar da poeira. Pega as ferramentas necessárias para faxina e parte para o porão, cuja entrada ficava no fim de um corredor da casa.
O mesmo pegava um lenço, molhava-o e colocava no refrigerador da casa por uns minutos. Seu objetivo era amarrar este lenço frio tampando a boca e o nariz, para assim ficar confortável e salvo de respirar o excesso de poeira. Passou alguns dias, sempre no período da manhã, limpando a poeira e organizando os objetos.
Porém, em um dado momento enquanto mudava alguns móveis de lugar. Ele descobre uma pequena porta atrás de um baú. Porta tão pequena, mas tão escondida que devia guardar algo muito importante. Apesar de tentar abri-la girando a maçaneta, o mesmo viu que necessitaria de uma chave. Entretanto, revirava todo o local e não se recordava de ter nenhuma chave. Não queria perguntar para sua família se eles tinham alguma chave, pois queria ser o primeiro a abrir aquela porta. Buscava não ocupá-los inutilmente com isso, afinal, nada garantia que haveria algo por trás daquela minúscula entrada.
Visto a dificuldade em se encontrar qualquer sinal de uma chave, decidiu-se por arrombá-la. Foi fácil, visto a fragilidade desta velharia. Dentro da porta, havia algo envolto em vários panos. Provavelmente, esses panos serviriam para manter o objeto intacto da poeira e da ação de outros agentes que poderiam ser corrosivos. Afinal, do que se tratava o objeto guardado?
Descobrindo-o dos panos, via que o objeto guardado se tratava de três livros de capa negra empilhados. Bem conservados graças ao modo que foram guardados, escritos a mão e assinados no nome de ''Hermes Trimegisto''. Este nome era desconhecido ao jovem, mas no título havia as palavras ''Alquimia Mental: Básica e Avançada''.
Ocultismo? Ele refletia esse assunto por uns instantes. Sentia um misto de curiosidade, mas medo. O nome na assinatura parecia falso, livros assim geralmente carregam assinaturas falsas em seu conteúdo. Sabe-se que grimórios carregam alcunhas, e muitos inclusive foram feitos por sacerdotes rebeldes da Igreja Católica. Que tendo toda a educação e privilégio que esta lhe propicia, envolve-se com magia e cria para si um nome falso.
Sentia-se temeroso com os livros em mãos. Lia uma frase destacada na primeira folha ''-Conheces a si mesmo, e conhecerás o Universo.'', essa frase foi dita por Sócrates no Oráculo de Delfos na Grécia, ditada pelo seu daemon que o guiava.
A primeira página possuía um conteúdo interessante que dizia: ''O homem em sua essência, não se identifica pelas atitudes que ele possa ter. Há sempre a Besta, omitida por valores sociais e éticos que lhe foram ensinados. A Grande Obra baseia-se em voltar à escuridão da Besta e se autodescobrir.
Você é o que te ensinaram a ser. Obterá o verdadeiro autoconhecimento, quando despertar a Besta. ''
As palavras do livro lhe despertara certa curiosidade, sentia-se atraído de uma forma quase Sobrenatural. Besta parecia se referir a Besta do Apocalipse, mas em qual simbolismo o livro dava essa conotação? Parecia supor algo positivo com esse nome, mas o que?
Ao tempo em que desfolhava algumas páginas, mais perguntas eram feitas em sua mente. Encontrava a definição de ocultismo em um trecho que dizia: ''Ocultismo é uma Arte e ao mesmo tempo, uma ciência. Ele usa de meios invisíveis para obter resultados visíveis. Não importa se são energias, consciência ou Deus que possibilita a magia. Ela é real, ela é visível para todo praticante experiente''.
O jovem não percebia o tempo passar, via aquela leitura hipnotizante e praticamente lírica. Cheia de simbolismos, mas fazendo-se entender perfeitamente. O autor buscava simbolizar tudo, mas Nachash acreditava ao menos compreender do que se tratava. Quando já estava um tanto cansado, ele subia para fora do porão e via que era já era hora do jantar.
''-Por quê demorou tanto no porão?'', perguntava sua mãe enquanto colocava os pratos na mesa. O jovem pensou bem antes de falar a verdade, sua família é um tanto supersticiosa, iria preocupá-los se dissesse que estava lendo um livro de ''bruxaria''.
- Estava mudando alguns móveis, tirando a poeira. Fiz um bom progresso hoje. -- Sua resposta soava um tanto estranha, mas ainda sim, Nachash sempre foi digno de confiança. Ele tomaria banho naquele momento e iria para a mesa de jantar. Passou tanto tempo entretido, que mal percebia a barriga roncar.
Já em sua cama, o cansaço mental lhe fizera ir dormir cedo e cair no sono rapidamente. Muita coisa ainda ondulava em sua mente, sempre com interrogações e com curiosidade. Ocultismo é uma Arte? Nachash era um artista, mas jamais viu essa prática como isso. Entretanto, o modo como o autor explicava, simbolizava e via o universo. Parecia fazer desta prática uma arte sem igual, e isto o instigava cada vez mais.
O jovem caía nos braços do sono profundo. Até que sua mente quando se encontrava vazia e escura, lhe oferecia um sonho, mas este em particular, é o mais interessante que já chegou a ter na vida. Não seria um simples sonho, mas mudaria absolutamente tudo. Aquele seria um momento marcado para algo revelador e obscuro nos bastidores de sua consciência.
Via-se ele em um grande teatro, dessa vez, apenas como um e único participante da Plateia. Todos os holofotes eram voltados para o Palco, fora lá todo o resto estava sob a escuridão. As cadeiras do teatro tinham um tom vermelho forte, mas apenas o jovem estava na Plateia.
Olhando atentamente para o Palco, ele via a si mesmo atuando. Em frente a cortinas vermelhas, ele usava roupas completamente brancas e com asas de anjo nas costas. Ajoelhado, ele repetia sempre em alto tom a mesma frase: '' - Fui criado para amar! Fui ensinado em tudo isso!''.
Repetindo a frase pela sexta vez, as cortinas vermelhas se abriam. De repente, aplausos eram audíveis vindos da plateia. Entretanto, não havia ninguém fora Nachash e os aplausos parecem ter vindo do nada. O jovem passava a ficar assustado em seu sonho e mais atento. Seu coração acelerava como se algo estivesse por vir.
As luzes dos holofotes ficavam em um tom vermelho, e detrás das cortinas saía outro Nachash que até então se encontrava nos Bastidores. Ele tinha vestes elegantes em tom branco, vermelho e negro. Em sua mão havia uma adaga e ele se dirigia até o anjo no centro, falando uma vez só as seguintes frases apontando a adaga para o peito daquele que se vestia de forma angelical, e também apontando o dedo indicador da outra mão para o Nachash que observava da Platéia.
''- Durante todos esses anos eu estive nos bastidores, vendo você atuar ao contrário do que realmente é. Mentiram para você, e suas próprias capacidades de atuação sustentaram tal mentira. Você mentiu para si mesmo, e jamais despertou quem realmente é. -- Dizia ele em um tom áspero e frio -- Te ensinaram a ser quem é, mas agora eu sacrifico essa cópia miserável da sociedade que lhe impuseram. Sabe quem você é? Eu.''
Após dizer essas palavras, o sujeito enfiava a adaga no peito esquerdo do ator. Este por si só caía no chão com o peito sangrando e gemendo de dor. Nachash que observou tudo do palco tentava gritar ou se mover, mas alguma força lhe fazia observar tudo aquilo como se estivesse mudo. Então novamente, ele ouve vários e vários aplausos, como se na plateia houvesse uma grande multidão. Entretanto, ele conseguia observar o ambiente e não havia ninguém naquela parte do teatro fora ele mesmo.
Sua visão de tudo aquilo começou a ficar turva e cada vez mais escurecida, e naquele momento ele sentia como se seu próprio peito tivesse sido atingido. Quando sua visão voltava ao normal, ele já não estava na Platéia. Em suas mãos estava uma adaga cheia de sangue. E o ator que fizera um anjo, aos poucos chegando perto da morte bem na sua frente. Ele procurava rastejar, mas repetia '' - Fui criado para amar... Fui ensinado em tudo isso...''.
Não demorou em perceber que agora ele estava na pele daquele que saiu dos bastidores. Suas vestes e sua adaga eram as mesmas, ele sentia que aos poucos estava ocorrendo algo em seu interior. Sua confusão aumentava e ele procurava olhar para a Plateia, vendo se ele estava lá em algum lugar. Porém, aquele momento ficava ainda mais sinistro quando olhava para plateia. Todas as cadeiras estavam lotadas de pessoas de todas as idades e todos os estilos, aplaudindo-o.
O ''Anjo'' se arrastou tanto, a ponto de cair do palco. Os integrantes da plateia que se encontravam na primeira fila, avançavam contra ele e passava a pisoteá-lo com fúria. Cada pisada era sentida no coração do jovem. Isso durou até que a multidão a frente do palco se dispersasse. As vestes brancas estavam completamente surradas e com várias pegadas de sangue, ele dava o último suspiro e morria.
No mesmo instante em que o ator morria, ele sentia um grande choque por todo o seu corpo e via-se inconsciente por uns segundos. Nachash olhava para a Plateia e dizia:
- Despertei! Sou quem realmente sou, e não o que me ensinaram a ser. -- Aplausos -- A este ator que agora morre, este foi ensinado a ser exatamente o que todos anseiam. Ele foi ensinado a ser fraco, ele foi ensinado a ser apenas uma presa. Minha verdadeira natureza se levanta em fúria contra essas atuações! Eu precisava assistir meu papel de ridículo, e sacrificar este impostor! -- O mesmo lambia o sangue da adaga e dava um sorriso malicioso. Suas últimas palavras eram. -- Finalmente Livre!
Dessa vez tudo ficava escuro e ele enfim acordava do sonho. Seus olhos se abriam rapidamente e fixamente no teto, em sua face era visto um sorriso bonito e obscuro. Ele não acordou apenas do próprio sonho, ele despertou sua verdadeira natureza.
Sem Valor
As luzes da manhã passavam teimosamente entre as brechas da cortina, diretamente para seu rosto iluminando-o. Sem delongas ele se levanta da cama e fazia o indispensável que era necessário após uma noite de sono. Arrumava-se completamente, mas ignorava o fato do quarto estar bagunçado, ou seja, mantendo-o assim.
Saindo de seu quarto ele ia direto para o quarto de sua irmã pequena que ficava ao lado, verificando se a mesma permanecia dormindo. Ele via a pequena criança com um vestido completamente branco com tecido de algodão, seus cabelos castanhos cobriam parcialmente seu rosto e ela dormia com uma respiração calma. Havia um pequeno sorriso em seu rosto, que indicava que a mesma estava tendo um sonho certamente muito feliz. Após verificar isso, ele descia para o primeiro andar da casa e ia direto para garagem. Abria o armário e pegava alguns utensílios que pretendia usar daqui a alguns instantes.
Saindo da garagem ele dava uma passada no porão, e após isso ia direto para a cozinha. Logo ele avistava sua mãe acabando de tirar uma lasanha do forno. Ela o olhava com um doce olhar e dizia de forma suave, ao fim dando um sorriso e esperando sua resposta: ''- Oi amor, seu pai logo chegará para o horário do almoço e eu fiz a comida preferida dele! Veja, é um cheiro bom não é?''. Ele se aproximada da comida, fechava os olhos e sentia seu aroma. O rapaz dava um sorriso e dizia a sua mãe:
- O cheiro está realmente bom, creio que ele irá gostar bastante. -- Ele falava em um tom gentil, e logo a indagava. -- Mãe eu preciso lhe pedir um favor, eu gostaria de pegar alguns livros do porão e levar ao meu quarto, mas são muitos e eu necessito de ajuda para não ficar subindo e descendo as escadas o tempo inteiro. Pode me ajudar?
A dócil mulher deixava a lasanha ainda quente em cima da mesa sobre um apoio de madeira. Ela fazia um sinal positivo e dava um sorriso sincero, mostrando que estava disposta a isso. Os dois então se dirigem rumo ao porão, e ela procura ser a primeira a adentrar o local. A mulher descia as escadas de forma cautelosa, olhava um pouco para todos os lados e dizia permanecendo de costas para o rapaz. ''-Aqui tem muitos livros, nossa! Mas quais você deseja que eu leve?''.
Após essa frase o jovem tirava um pé de cabra que ele havia pegado na garagem e colocado próximo há um dos degraus da escada do porão. Sua mãe virava em sua direção e o via com aquele instrumento em mãos. Um tanto confusa ela não dizia qualquer palavra e o jovem então lhe dava um golpe firme na cabeça.
- Mulher tola! -- Dizia isso dando vários golpes seguidos, não demorando a estourar a cabeça da mulher até que todos seus miolos estivessem para fora do crânio despedaçado.
Tendo matado sua mãe, ele subia a escada e fazia alguns preparativos para a chegada de seu pai. Entre tais ele pegava a jarra de suco e bebia alguns copos, deixando uma quantidade suficiente apenas para mais um copo. Após completar os preparativos de seu plano, logo ouvia a porta abrir e uma voz masculina, alegre e grave dizer ''-Cheguei!''.
O maduro homem se dirigia a cozinha e perguntava pela esposa. Nachash não demorava em dizer: - Ela foi até a feira comprar mais laranjas. Olhe a garrafa de suco na geladeira papai, só tem suficiente para um. Enquanto isso, podemos ir comendo a lasanha!
''-Lasanha?!'' repetia o homem agora demonstrando certa exaltação, tendo água na boca ao ver sua comida preferida na mesa. Nachash já se adiantava em dar o copo de suco ao seu pai, e o mesmo já cortava um pedaço da lasanha colocando-a no prato.
O jovem colocava um pedaço para si em seu prato e sentava em frente ao seu pai que já tinha iniciado seu almoço. Uma hora ou outra seu pai lhe fazia algumas perguntas comuns no almoço, coisas de sempre como ''sua irmãzinha ainda está dormindo?'', ''sua mãe vai demorar?'', ''hoje sua irmãzinha tem escola, pode acordá-la no horário para mim?''. Ele sempre foi uma pessoa falante, conhecido como alguém bastante comunicativo entre seus conhecidos. Entretanto, aos poucos um suor começava a escorrer pelo rosto do homem, ele parecia sentir um incômodo em sua garganta e suas mãos passavam a ficarem trêmulas. Ele buscava se levantar da cadeira, mas caia no chão visto que não conseguia se manter de pé. Com uma voz abafada ele pedia por socorro ao seu filho que apenas dava um sorriso e se agachava olhando para o mesmo com um ar de superioridade. As últimas palavras que o miserável ouviria naquele momento seria:
- É realmente muito bom aqueles venenos que você deixa no armário, sabia? Minha mãe tá morta. Advinha quem a matou? -- Ele não esperava uma resposta de seu pai, pois conhecendo os efeitos do veneno logo ele dizia. -- Você fala demais na hora do almoço, como consegue ser tão chato? Ainda bem que esse veneno cala um pouco sua boca. Assustado? Vou estar aqui com você, lhe assistindo morrer.
Os olhos do homem aos poucos perdiam seu brilho. O mesmo agia como se estivesse sendo asfixiado, e seu semblante de desespero apenas divertia o jovem. Seus membros trêmulos aos poucos foram perdendo o movimento e quando deu por si, já estava em seu último suspiro. Nachash teve prazer ao vê-lo morrer, ele esperava apenas mais dez minutos e subia a escada que dava acesso ao segundo andar, onde se encontrava o quarto de sua irmã.
Ele chega e senta-se na cama dela, coloca a mão em seu ombro e balança um pouco seu corpo dizendo - Hora de acordar amorzinho. Sua voz não passava qualquer frieza, o mesmo não demonstrava qualquer traço de que havia acabado de matar seus pais. Ela acordava e esfregava seus olhos buscando despertar, para auxiliá-la o mesmo abria as cortinas e a janela, voltando-se em seguida a sentar na cama.
- Maninho? -- Dizia ela que antes se encontrava deitada e agora procurava abraçá-lo, ficando no colo de seu irmão mais velho. Ele a pegava como uma mãe pegava o seu bebê e se levantava da cama. Levava ela para ver a paisagem da janela, coisa que ela amava ver. -Sonhou com os anjos amorzinho? -- Perguntava ele a sua irmã. Ela sorria e lhe dizia - Na verdade sonhei que eu era um anjo maninho. Eu, papai e mamãe. Só que não vi você, acho que você me acordou antes dessa parte...
- Então você era um anjinho? -- Dizia ele olhando para seus olhos e logo para a paisagem da janela. -- Sabe... Você cresceu tão rápido, que eu ainda me lembro de quando era um bebezinho. Isso me mostrou que o tempo voa, mas isso me mostrará que você não. -- Ele dava um sorriso malicioso e a olhava como com desdém. Sua ação seguinte era jogá-la da janela no segundo andar e a ver cair entre algumas rochas que se encontram no quintal. Aquele local era bem difícil de ser visível para vizinhos, e a reação da garota veio de forma tão atrasada que tal caia morrendo instantaneamente, antes mesmo de pensar em dar um grito por sua vida. Na janela ele contemplava o vestido branco da garota ficando vermelho e tal completamente imóvel. Sua morte certamente chegou naquele momento, se for sortuda ela terá a oportunidade de realizar seus sonhos no pós-morte.
- Eu não apareci nos seus sonhos, pois eu era o demônio. -- Depois de tudo que efetuou, o mesmo colocava seus três livros de ocultismo e alguns pertences em uma mala. Seu objetivo agora era chegar até o teatro.
Ele ia direto conversar com seus dois amigos que estavam treinando um roteiro que lhes foi passado. O jovem chegava de forma gentil, cumprimentando os dois que eram os únicos lá até aquele momento. Após trocar algumas poucas palavras, ele fazia um deles o acompanhar até o bebedouro e de surpresa lhe acertava com um soco na cara, fazendo um golpe para quebrar seu pescoço logo em seguida. Ele não pretendia enrolar para matá-los, pois mais pessoas estavam para chegar ao teatro. Pegava uma faca que lá havia e a escondia presa à cintura da bermuda. Apenas aguardou que seu outro amigo ficasse de costas para cortar seu pescoço e ir embora de lá.
Foi então para a casa de sua amiga poetisa, a mesma ficava sozinha naquele horário. Ela de todos os conviventes com ele, era a que melhor possuía empatia. A jovem lhe indaga se estava tudo bem, ele dizia a engando com seu talento de atuação. - Estou um pouco chateado, apenas isso. Também queria lhe fazer uma pergunta.
''-Diga meu amigo... '' ela falava olhando-o com um semblante preocupado. - Eu sei que não me enxerga apenas como um amigo, não é? -- Naquele momento ele apenas se divertia em seu interior, vendo-a completamente enrolada para lhe responder essa pergunta. Ele apenas se inclinava e a agarrava, mesmo tendo uma namorada, ela não demonstrava qualquer resistência.
Foi uma mulher completamente fácil de levar para cama. Ela serviu-o suficiente para dá-lo ótimos momentos de prazer, coisa que não obtinha com a própria namorada que pretendia manter-se virgem até o casamento por motivos religiosos. Após deliciar-se com tudo que poderia usufruir de sua amiga, ele colocava uma mão em seu pescoço para asfixiá-la e outra em sua boca para impedi-la de gritar e chamar atenção de alguém. Enquanto a assistia morrer, ele sentia um êxtase passar por todo seu corpo enquanto se aproveitava de seu corpo. Chegava ao clímax bem quando ela dava seu último suspiro, saindo dela e logo vestindo novamente suas roupas.
Apenas quem sobrava agora era sua namorada. Ele passa em uma mata do bosque e deixava sua mala, logo ia até sua namorada e buscava-a para passear por lá à noite. Atraia a jovem até um lugar mais fechado e passava a beijá-la, aos poucos a pegando de forma mais íntima. Ela levou aquilo de forma natural até que tentou frear o rapaz, que apenas continuava de forma mais firme.
Aquilo a deixava um tanto nervosa e ela buscava empurrá-lo, mas ele a agarrava fortemente jogando-a no chão logo em seguida. Naquele lugar a única coisa que ela poderia fazer era chorar, enquanto o rapaz abafava seus gritos e invadia seu corpo rompendo o véu que lhe fazia virgem. Satisfazendo-se com ela, novamente ele chegava ao clímax vendo outra garota dar o último suspiro.
- Acabou... Agora posso partir rumo a minha verdadeira vida. Sacrifiquei todos àqueles que um dia significaram algo para mim, quando eu estava sendo omitido por um atorzinho angelical. Matei todos por prazer...
Ele pegava sua mala até então escondida e partia. Ficando camuflado na escuridão do bosque, ele seguia em rumo desconhecido. Claro que não estava entregue a sorte, sua mente planejava cada passo e o que pretendia fazer em seguida. A morte de todos foi por puro prazer. Nachash era um assassino frio e sádico.
Aquele que Faz Perecer
O jovem que partia em busca de evolução, durante anos viveria como um nômade em seu próprio País. Muito dos recursos que conquistava, se faziam possíveis através de pequenos golpes que aplicava e de alguns serviços que prestava. O tempo lhe trouxera uma experiência em ocultismo que superava o que era oferecido nos três livros de alquimia que levou de casa, passando por tribos e grupos secretos que podiam lhe oferecer conhecimentos xamânicos, satanistas e até alguns budistas. Foram as filosofias Satânicas as principais contribuintes para sua formação intelectual, visto o quão compatíveis eram com sua visão particular sobre o mundo. Com o Satanismo ele aprendeu e complementou suas filosofias e outro estilo de magia, que usava como base a demonologia. Já o Xamanismo e Budismo deu uma imensa contribuição para o aprofundamento no autoconhecimento, onde no primeiro o mesmo descobriu o arquétipo ofidiano, enquanto no segundo ele aprendeu a viver melhor o momento centralizando-se no presente.
Nachash foi um nome lhe atribuído graças a sua evolução no xamanismo. É o termo genérico vindo do hebraico para ''Serpente''. Esse substantivo parece derivar do verbo nachash (idêntica grafia, mas diferente pronúncia), que significa propriamente "sibilar", "sussurrar" (caracteriza as serpentes pelo silvo de advertência que produzem quando se sentem ameaçadas), mas tomou também tomou o significado de "adivinhar", "vaticinar" (como uma pitonisa ou feiticeiro em transe, que fala em tom sussurrante), "encantar" ou "enfeitiçar" e, por uma extensão ainda maior, de "observar", "aprender pela experiência". A forma substantivada do verbo (uma terceira pronúncia, ainda com a mesma grafia) significa "augúrio" ou "encantamento".
A partir do momento em que se aprofundou no Xamanismo, ele passou a ter uma visão totêmica de uma Naja. O sistema mágico do Xamanismo identifica qual arquétipo animal tem a construção simbólica de energias mais correspondentes à essência de um indivíduo. A partir do animal, que funciona como um símbolo. É dado ao indivíduo a observar o comportamento e mistério do animal apresentado. Dessa forma ele obtém um vantajoso autoconhecimento. Sua experiência com o budismo foi menor, mas também gratificante. Visto que reforçou toda sua filosofia e autoconhecimento através da busca pelo silêncio.
Além dessas práticas, o mesmo passou a viver como um golpista que enganava e roubava o dinheiro de suas vítimas. Seu prazer de matar também o levou a aceitar pequenos serviços de assassinato que lhe renderam um ótimo dinheiro, além de auxiliar no tráfico de pessoas estrangeiras para prostituição. Nachash era um assassino exemplar que já não mais se vestia como aquele adolescente de anos atrás, ele adornava em seu corpo vestes elegantes obtidas com o dinheiro que ganhava.
Ele tinha um estilo furtivo e estratégico para matar, já que não se utilizava de armas de fogo, não demorando em ser reconhecido como um exímio matador nesse tipo de mercado negro. Em sua clientela aos poucos eram acrescentadas pessoas importantes, até que um dia a própria nobreza da França passava a contratar progressivamente os seus serviços. A nobreza o contratou com uma exclusividade particular. Oferendo ao mesmo um aposento em terreno nobre, colocando-o como um suposto servente para poder manter as aparências.
Em seu posto de mercenário particular da nobreza da França, ele teria de matar de forma sigilosa os possíveis revolucionários, entre tais vários burgueses insatisfeitos com os privilégios que apenas eram oferecidos ao reinado e ao clero. Alguns jovens homens da baixa nobreza também acabavam requisitando os serviços dele para prazeres particulares, o que acabava fazendo de Nachash uma espécie de michê de luxo. Ele selecionava bem a quem prestaria tal serviço, pois apesar de lhe render um dinheiro extra, só aceitaria o serviço com homens que se sentisse atraído. As mulheres por sua vez, raramente o contratavam, visto que corriam sérios riscos de serem mal vistas e consideradas ''desonradas''. Tudo isso é um resultado da mania de grandeza machista na época.
O jovem nunca foi ligado ao dinheiro, mas via seus ganhos como necessário para ter a vida que gosta de ter. Só pelo fato de o pagarem para fazer as duas coisas que ele mais gosta, sexo e assassinatos, o deixa realizado na área financeira.
- Nachash! Necessito dos seus serviços. -- Dizia um Duque olhando para o rapaz e dando um suspiro de tensão. Ele havia pedido que chamassem Nachash até seu escritório e permanecia sentado em sua cadeira. --Sei que nunca falhou, mas preciso que vá até Grécia e mate um homem chamado Richard Francini antes que o mesmo chegue até Atenas! Ele é mais um dos burgueses insatisfeitos, mas ele pedirá ajuda para um grupo que pode arruinar meus planos aqui.
-Que grupo é esse? -- O jovem jamais pensou em um grupo que fornecesse algum risco para França.
-É muito complicado falarmos sobre isso agora. Preciso que vá urgentemente! Apenas lhe adianto uma história. -- O Duque então levantava de seu assento e buscava um charuto para logo depois continuar seu diálogo. -- Desde eras atrás há pessoas que protegem o mundo contra barbárie, e sua sede fica exatamente na Grécia. Espiões me passaram um relatório de que Richard conhece a existência desse grupo e está indo até lá lhes pedir auxílio contra os exageros da França. Você deve matá-lo antes que ele chegue, pois se ele chegar...
O mesmo se engasgava com a fumaça do próprio charuto e passa a tossir de forma contínua. Ele fazia um simples sinal de mão indicando que o mercenário poderia se retirar.
O Opositor
A própria Coroa francesa lhe arranjou os automóveis necessários para ir até Grécia e vários relatórios de espionagem tornaram possível prever a rota que seria feita pelo revolucionário Richard Francini. Nachash estaria em uma luta contra o tempo para alcançá-lo, ao menos tinha vários instrumentos diferentes para apoiá-lo.
Sua vítima não demorava a ser localizada entre as movimentadas ruas da Grécia. Com o auxílio de uma fotografia que trazia no bolso, conseguiu o identificar a primeira vista. Não poderia matá-lo em meio à multidão, pois chamaria demasiada atenção e correria alguns riscos. Seu dever agora era segui-lo até o anoitecer, para que assim possa matá-lo e fugir aproveitando-se da escuridão.
No seu campo de visão sua vítima se movia calmamente. Seguiu o mesmo e esperou até que se encontrasse a alguns metros de distância em uma rua mais escura e deserta. Fez rapidamente uma lâmina de canivete descer pela manga de seu blazer e seus passos se dirigiam ao mesmo mais rapidamente.
Quando ele se aproximava melhor e estava prestes a tentar matá-lo pelas costas. Apenas preparando o braço e encurtando a distância entre ambos. Quando enfim ia se colocar em uma distância curta o suficiente para pegá-lo e enfiar o canivete em seu pescoço sem cerimônias, rapidamente uma figura desconhecida se pôs a sua frente vinda do nada. Interceptando-o de forma brusca e incrivelmente rápida. Apenas quando pôde contemplar aquele que atrapalhou seu serviço, ficava dessa vez com um sentimento inexplicável de confusão em sua mente.
Um homem que não estava naquela rua conseguiu com grande velocidade se colocar a frente de Nachash e interceptá-lo. Este homem não usava vestes comuns, mas metal cobria todo o seu corpo. Envolta do homem se fazia presente uma aura de coloração verde piscina que parecia uma chama, porém, incapaz de queimar.
- O... Quem é... O que é você? -- Dizia o rapaz para o sujeito estranho. Aquele homem seria um ser humano comum se não tivesse tal velocidade, força, proteção e uma energia estranha no corpo.
Richard que até então estava de costas se põe ao lado do homem e faz as devidas apresentações: ''- Este homem é um cavaleiro de Atena, eles protegem a Terra contra a injustiça e maldade. Eu sabia que havia espiões em meu encalço, e pedi o auxílio de uns colegas. Antes de eu viajar um dos meus amigos vieram pedir ao Santuário que mandasse um cavaleiro de Bronze vigiar-me até minha chegada sem que ninguém percebesse. Eu sabia que a Coroa Francesa jamais ficaria parada e mandaria um mercenário atrás de mim, fiz isso para minha proteção. ''. Após as palavras do revolucionário, era a vez do próprio homem se apresentar.
- Eu sou um cavaleiro de bronze, um dos oitenta e oito guerreiros de Atena. Meu nome é Roussem. Não há sequer uma arma humana que possa competir com os cavaleiros de Atena, por isso mandaram que você vinhesse até aqui para matá-lo antes que tal nos avisasse de algo. -- Apesar de falar seriamente, o semblante do homem era despreocupado e tranquilo. -- Não usarei meu poder contra você, pois com apenas um soco nós conseguimos destruir até mesmo rochas milenares. Minha única missão é proteger este homem ao meu lado. Por mais cruel que você seja, sei disso pela maneira covarde e cautelosa como você tentou assassiná-lo, nós temos o dever de trazer paz, amor e justiça. Espero sinceramente que você não continue com esse plano, pois toda tentativa será inútil. Tenho fé em Atena que um dia a sagrada luz tocará seu coração. Como não temos mais tempo a perder... -- O homem concentrava aquela estranha energia no dedo e tocava na testa de Nachash, que logo adormecia. Ele pegava o jovem no colo e colocava-o escondido em um beco, para o mesmo acordar em segurança.
Após o período de algumas horas, o mesmo acordava ao lado de um mendigo que havia acendido uma fogueira a sua frente. ''-Oi rapaz, vejo que acordou. Nesse frio achei melhor acender essa fogueira. '' Dizia o miserável esfregando as mãos e sorrindo, mesmo que em sua boca lhe faltasse alguns dentes. O que levaria aquele homem tão miserável a se preocupar em dividir sua fonte de calor com um jovem de trajes tão elegantes, apenas por que ele estava desacordado em um beco frio?
- O que queres? -- Dizia Nachash para o homem, aos poucos ele recobrava melhor a consciência do que havia acontecido. Sua ficha ainda não havia caído completamente com o que acabara de acontecer. Havia muita informação que precisava ser processada.
O sem teto apenas o olhou e deu um gole em uma garrafa de vodka que ficava ao seu lado. Os olhos dele lacrimejavam um pouco por causa da bebida, mas logo ele o respondia. - Cresci em uma família religiosa. Por mais pobre que eu seja, Jesus me ensinou a compartilhar.
- Apenas preciso de um favor seu... -- O mendigo lhe oferecia a garrafa de bebida por imaginar que essa era a única coisa que podia oferecer ao jovem. Nachash fazia um sinal negativo e dizia: -- Só seu sangue para o Diabo.
Não deu muito tempo para o miserável reagir. Ele já havia colocado o canivete para fora de sua manga e investido contra o pescoço do homem. Sua ação fez com que o sangue do homem passasse a derramar por todo o seu corpo em abundância. Logo ele pegava o pelas pernas e virava-o de cabeça para baixo fazendo com que litros de sangue fossem espalhados pelo chão. Aproveitando-se da chama da fogueira ele profere as seguintes palavras.
- Hoje encontrei algo que jamais imaginei em toda minha vida. O que eram aquelas capacidades sobre humanas? -- Erguia suas mãos ao fogo e completava. -- Quero despertar aquele poder. Os cavaleiros lutam pela Ordem, e eu sempre matei pelo Caos. Demônios que se encontram no abismo, agora sei que nos bastidores da humanidade há uma luta em cosmo e anti cosmo. Revelem-me! Agora!
Os pés de Nachash pisavam em sangue fresco e a chama da fogueira passa a se agitar de forma estranha. O Beco logo ficava mais escuro e no céu apenas se via uma estrela de coloração roxa que ficava mais brilhante. A chama então crescia e de distorcia em direção ao sangue, de uma forma esquisita usava o mesmo como um combustível que se alastrava por todo lugar, incluindo o corpo do rapaz. Entretanto, aquela chama não o queimava e tudo aquilo era espetacular aos olhos dele.
Em volta de seu corpo ele passava a ver a mesma energia que tinha visto rodear o cavaleiro de bronze. Entretanto, a coloração era negra e densa. Sua energia escura parecia defendê-lo da dor normalmente ocasionada em contato com o fogo e efetuar todos aqueles fenômenos.
O jovem, entretanto sentia que estava morrendo. As chamas estavam de fato consumindo seu corpo. A estranha energia apenas fazia com que a dor não fosse sentida. O que era aquilo afinal? Ao fazer tal pergunta em sua mente, o mesmo sentia seu corpo mais leve. Se sentindo estranho com essa sensação, ele olhava para trás e via seu corpo sendo devorado e consumido pelas chamas. Agora ele compreendia que sua alma havia saído do corpo, e por isso era visível àquela energia escura ao seu redor e não sentir dor.
Um Portal escuro se abria a sua frente e o mesmo via incontáveis demônios que estavam sendo evocados para o local após sua conjuração. O que parecia comandar as legiões se dirige ao mesmo e diz: - Que bom que finalmente nos vemos pessoalmente, Nachash. Há alguns mistérios entre o céu e a terra, incompreensíveis para a vã filosofia humana. Entretanto, você sabe que jamais matará aquele homem se for apenas um simples humano, correto? Isso é por que ele desenvolveu o cosmo meu caro, trata-se de um assunto muito complicado para este nosso diálogo. Sua estrela maligna acaba de despertar, nós demônios, incluindo eu e você. Podemos encarnar em corpos humanos, mas nossa alma corrompida desde as Eras mitológicas carrega em seu livre arbítrio o desejo do Caos, o anti cosmos. Há os demônios que trazem sofrimento, dor e magia ao mundo humano como eu. E os demônios que despertam para proteger aquele que está acima de toda escuridão do mundo dos mortos. Esse demônio é você. Espectros de Hades são demônios que possuem o cosmo, diferente de nós que somos mais comuns, ele costumam defender e atacar ao comando do Deus dos mortos. Para não alongar nossa aula sobre hierarquias e posições infernais, apenas lhe adiantarei o seguinte. Você sabe que não nasceu neutro e depois se tornou quem é. Você em seu espírito sempre foi quem realmente era desde milênios atrás. Podemos escolher entre o Caos e Ordem. Você sempre foi voltado ao Caos, um demônio que antes era comum como eu e agora está despertando para a verdadeira essência do universo. Após milênios você finalmente despertou a sua estrela maligna, o maior desejo de todo demônio encarnado. Apenas realiza tal feito, aquele que em corpo humano consegue adotar em sua humanidade toda essência caótica.
''Uma estrela maligna desperta. Um novo demônio finalmente atrai para si as submersas forças do abismo. A serpente naja se ergue e dá o bote, seu veneno desfaz toda Ordem. ''
por Peixes Sex maio 15, 2015 12:34 pm
Rapais, sua ficha está sensacional. Gostei muito das variadas referencias ao longo de sua história. Os detalhes são bem precisos e tudo flui naturalmente ao longo do tempo. Seu personagem é bem elaborado e sempre fiel a si mesmo na forma que foi proposto. Espero para ver suas outras postagens.
Ficha Aprovada
Ficha Aprovada
por Peixes Sáb maio 16, 2015 9:37 am
Pontos de Nachash
Total de pontos acumulados: 10
Pontos a distribuir: 10
Total de pontos destribuidos: 0
Hp: 0
Cosmo: 0
Total de pontos acumulados: 10
Pontos a distribuir: 10
Total de pontos destribuidos: 0
Hp: 0
Cosmo: 0
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