Ficha de Kyōkai

Dados:Nome : Lucas “Kyōkai” de Carvalho
Idade : 20
Local de Nascimento: Santa Maria de Belém do Grão Pará - Colônia do Brasil
Local de Treinamento: Santa Maria de Belém do Grão Pará.

Psicológico:Não posso com toda precisão dizer como eu sou. Nasci fora dos holofotes das grandes metrópoles da Europa. Isto faz-me ter uma personalidade diferenciada quanto a maioria dos guerreiros que servem quaisquer Deuses.Todavia, posso dizer uma característica que herdei de minha Pátria Matriz: O que os estrangeiros conhecem como “Jeitinho Brasileiro”. Toda vez que lembro disso começo a rir comigo, pois mesmo dentre os brasileiros eu sou chamado de Malandro. Tal guerreiro sou eu. Único.

Aparência:Não entrando com dados, sou alto. Não o suficiente para causar espanto, mas também não tão pequeno a ponto de ser comum. Do porte físico tenho considerável massa muscular, nada que dificulte minha mobilidade.Meu cabelo é curto e penteado conforme os padrões desta época. Meus olhos são castanhos claro, comum, tal como quase tudo em mim. Meus traços são finos, mas não se engane, não pareço uma mulher. Minha voz imponente é tão marcante que merece ser mencionada como característica de aparência. Já posso terminar, é o suficiente para me descrever.

História:Por onde devo começar a contar minha história? Será do começo ou pelo fim? Penso comigo de qual forma seria mais interessante à você que agora lê este pequeno conto. Já sei. Entendo que começar pelo início é defasado, doutra forma começar pelo fim é incômodo. Qual graça teria? Comecemos a saber de minha vida pelo meio dela, em meu treinamento. Lá no meio da floresta estou, embora isso remeta o isolamento, estou apenas à poucos quilômetros de minha cidade natal. Estou no início da minha puberdade, de onde os dons dos homens surgem. Estou apenas brincando com os meus fiéis companheiros: Arco e Flecha. Caçar onças é uma tarefa bem divertida, você alguma vez já tentou?
Aqui na floresta o clima é tão bucólico, calmo e harmônico. Posso, ao amanhecer sentir o forte Sol me aquecendo e no crepúsculo ouvir os sabiás anunciarem que devo voltar para minha casa. Em minha companhia sempre está minha irmã Elizabeth de Carvalho. Brincamos todos os dias juntos, sem temer o perigo que a vida propriamente oferece. Você apenas pode morrer se estiver vivo. A vida é uma dádiva ou uma maldição? Deixo com você esta resposta.
Nada de meu treinamento foi tão radical, apenas devo dizer que tenho habilidades incomuns. Creio que nenhum europeu mesquinho saiba lutar tal como eu. Neste dia, decido fazer algo diferente da rotina: Volto para a cidade antes do anoitecer. Moro na área mais nobre desta pequena cidade, perto de onde os portugueses construíram um grande forte de proteção contra as possíveis invasões. Imenso, com 6 canhões de grande porte e inúmeros canhões menores. São tempos um tanto obscuros, talvez Portugal estivesse com medo de perder as suas terras e possíveis riquezas. Minha cidade é apenas mais uma bandeira de demarcação de território. Estou aqui, em minha cidade natal, ninguém poderia esperar que eu me tornaria um guerreiro.
Já com meus 19 e tantos anos vivo na Grécia. Aqui o povo é bem diferente do que estou acostumado. Educado, parece que todos importam-se com os problemas de todos. Sou um pequeno vigarista aqui, organizo jogos que ludibriam as honestas pessoas desta cidade. Este o legado da minha família? Brasileiros servem apenas de escória?
Nesta terra existe um Santuário dedicado à Deusa Athena. Façam-me rir, nunca vi estas criaturas, elas não existem. Da crença deles aproveito-me, sou um mensageiro de Athena, digo-lhes que logo ela voltará e irá curar as feridas e apagar as cicatrizes. Eu engano a todos, inclusive eu mesmo. Hoje sei que Athena trás apenas desgraça e horror. Sem entrar em detalhes, gostaria de acabar logo com este fardo de leitura. Minha irmã morreu numa das nossas idas a floresta, atacado por uma Onça Negra. Não guardo rancor, apenas lembranças. Tal como meu Arco. Sempre comigo, ele faz-me lembrar de minhas origens. Entrando em detalhes deste arco: E feito de um metal que desconheço, de cor que se assemelha ao rubro. É grande, porém leve. E o que mais me chama atenção nele é o rubi que no centro dele está encostrado. É uma peça altamente valiosa.
Tal vez, estava eu indo enganar os adoradores de Apolo. Porém, decidi fazer isto no pior lugar de todos: No Templo do Sol. Era um dia como outro qualquer aparentemente, o sol estava nascendo e os cultuadores lá estavam em constante reverência ao grande Deus Apolo. Quando eles me veem, param a reverência e começam a fitar-me com olhares que nunca alguém já mirou à mim. Não eram olhares ferozes, e sim tal como uma admiração. Neste momento, eles apenas retiram-se do Templo. Eu, curioso para saber o que estava a acontecer adentro aquela grande sala. Lá estava a imagem do Deus Apolo representado numa grande estátua. Uma construção linda. Eu era descrente da existência desses Deuses, contudo um sentimento invadiu-me de tal forma que senti a presença do próprio Deus Apolo naquele lugar. O rubi que estava encostrado no meu arco começa a brilhar enquanto o Sol nasce...
Antes de completar a história, você deve ter percebido que falta uma parte desta narrativa: O início. Permita-me interromper agora para explicar algumas coisas. Eu nasci de pais portugueses com ascendência grega, por isso eu herdei uma propriedade nestas terras. Meu pai, Christopher, morreu quando eu tinha 6 anos. No seu testamento, ele escreveu:
“Filho, dou-te este arco. Pode parecer inútil nestes tempos avançados, porém, digo-te que ele será de grande importância em tua vida. Nossos ancestrais foram guerreiros que serviam os lendários Deuses Gregos. No passado um deles - Kyōkai -, guerreiro de Poseidon, deixou-nos este artefato. Este arco mostrará o caminho que a pessoa que o porta deverá seguir, independente de qual Deus este sirva. Por isto, carregue o nome desta pessoa até o seu fim.” Mesmo com essas palavras, permaneci descrente da existência dos Deuses, até o momento que outrora havia narrado.
-!!!-
Verdade, preciso terminar isto, quase esqueço-me. Depois do brilho do Rubi, uma claridade tomou conta dos meus olhos. E quando percebo, estou à frente do Deus Apolo. Cordialmente ele fala:
Jovem humano, você será meu guerreiro.
Pensei comigo: Não creio.
Bom, essa história já está cansativa, todavia se ainda quer saber mais sobre minha pessoa acompanhe-me durante esta grande jornada. Será uma aventura épica.

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